domingo, 23 de maio de 2010

Vazio,

Não sei ainda se é só por esse instante. Eu não sei ainda se isto é concreto. Ando muito confuso, ainda não sei se quero ou se devo acreditar. Eu não sei se devo aproveitar ou se devo fugir. Não dá pra decifrar até onde é felicidade.
Às vezes as coisas são tão vagas, sem sentido. Outrora elas estão presentes, nos impactando, nos iludindo.
E se o nosso objetivo perder sua força e se tornar um simples desejo? Quando decidiremos?
Ainda me sinto como uma criança, que tem medo de dizer o que quer, pois os mais vividos podem não concordar. Talvez a voz da experiência seja boa, mas se não quisermos aprender com os erros alheios e nos arriscarmos na nossa própria busca?
Eu não sei. Não sei a quem devo falar. Não sei como falar. Não sei o que falar.
Por que coração e razão não seguem juntos, na mesma direção?
É melhor esquecer de tudo e festejar, pois assim a gente continua se iludindo e se adiando. Devo fazer uma autobiografia e lê-la toda manhã pra saber quem sou e o que quero, já que as mudanças são improváveis.
Quem sabe um dia eu acorde, crie coragem e rasgue esse padrão que criei contra minha própria vontade.
Nascer, crescer, reproduzir e morrer não são bastante.
Eu quero mais.

Eu quero simplificar o complexo. Eu quero entender o que penso. Quero conseguir, no mínimo, interpretar o que escrevo.

3 comentários:

  1. E o que é que, de fato, nos preenche? O contar? O dizer? O rasgar? O desabafar?

    Muitas vezes, tudo aquilo de que precisamos se resume em: encarar-se frente ao espelho; enxergar o verdadeiro eu. Porque este, sim, é capaz de nos fazer livres...

    E libertar-se é transbordar-se!

    Abraços.

    ResponderExcluir